
O namorado não aceita o término do namoro, mantém por vários dias a ex-namorada e sua amiga reféns e, finalmente, a mata com um tiro na cabeça e fere a outra. O ex-marido entra no shopping, mata a ex-mulher com um tiro e depois se suicida, deixando dois filhos órfãos. Estes dois casos estiveram recentemente no noticiário nacional e levantam uma questão de natureza moral: o que leva uma pessoa a causar morte ou sofrimento a outras, só para suprir seus desejos mesquinhos?
Em ambos os casos, a razão alegada de tais motivações foi o amor. Eles amavam tanto que não suportariam viver sem a pessoa amada. Nada mais incongruente. Com efeito, esses tipos de atitudes estão para o amor assim como o óleo está para a água: não se misturam.
Na verdade, essa é a “loucura” de todo e qualquer criminoso. Não é o amor que impulsiona a matar, a seqüestrar, é a cobiça gerada nas entranhas de uma pessoa egoísta. O filósofo cristão Francis Scheaffer disse: “A cobiça no íntimo – que equivale à falta de amor ao próximo – logo tende a manifestar-se no mundo externo. Não pode ficar guardada no ser interior de modo completo. Isto ocorre em diversos graus. Quando sinto uma tristeza pecaminosa pelo fato de outros possuírem o que não possuo, e dou asas a que essa tristeza cresça, rapidamente me fará querer mal as próprias pessoas envolvidas”.
A sociedade, abalada com tanta maldade, sente que precisa discutir melhor seu sistema de valores. Só educação não basta. O aparente colapso de nosso sistema de valores tem deixado milhões de pessoas com o sentimento de estarem em mar revolto, sem bússola e sem leme, num pequeno barco à deriva.
Quando é banido o sistema cristão focado em um Deus amoroso único e pessoal que busca se relacionar conosco, é também lançado fora o amor que deveria azeitar as nossas relações sociais. Desse modo, o mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos se transforma em mera retórica religiosa.
Creio que isso faz com que não poucas pessoas tenham uma idéia equivocada a respeito do amor. Alguns pensam que a prática do amor leva-nos a ficar mais próximos de Deus. Acredito, ao contrário, que achegarmos mais a Deus é que nos faz praticar mais o amor. Isto porque Deus é amor e todo amor emana Dele. Não se pode amar sem Ele, assim como não se pode viver sem respirar. Como as pessoas estão cada vez mais distantes de Deus, isso ajuda a responder por que temos tão pouco amor no mundo.
Outros pensam que a capacidade de amar é natural em nós como algo que produzimos por força interior própria. Contudo, é Deus que nos capacita a amar. Por causa de seu amor infinito Ele não nos abandonou, mas a cada dia derrama fartamente a sua bendita graça sobre nós e nos possibilita entender que sem amor a vida fica sem um sentido claro.
Acredito piamente que precisamos buscar mais a Deus para ter mais amor. Isso fica evidente nas seguintes palavras do apóstolo Paulo:
“Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como o barulho de um sino. Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas dos seus lugares, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada. Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.”
“Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência” (1 Co 13).
É bom lembrar: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4.8).
O namorado não aceita o término do namoro, mantém por vários dias a ex-namorada e sua amiga reféns e, finalmente, a mata com um tiro na cabeça e fere a outra. O ex-marido entra no shopping, mata a ex-mulher com um tiro e depois se suicida, deixando dois filhos órfãos. Estes dois casos estiveram recentemente no noticiário nacional e levantam uma questão de natureza moral: o que leva uma pessoa a causar morte ou sofrimento a outras, só para suprir seus desejos mesquinhos?
Em ambos os casos, a razão alegada de tais motivações foi o amor. Eles amavam tanto que não suportariam viver sem a pessoa amada. Nada mais incongruente. Com efeito, esses tipos de atitudes estão para o amor assim como o óleo está para a água: não se misturam.
Na verdade, essa é a “loucura” de todo e qualquer criminoso. Não é o amor que impulsiona a matar, a seqüestrar, é a cobiça gerada nas entranhas de uma pessoa egoísta. O filósofo cristão Francis Scheaffer disse: “A cobiça no íntimo – que equivale à falta de amor ao próximo – logo tende a manifestar-se no mundo externo. Não pode ficar guardada no ser interior de modo completo. Isto ocorre em diversos graus. Quando sinto uma tristeza pecaminosa pelo fato de outros possuírem o que não possuo, e dou asas a que essa tristeza cresça, rapidamente me fará querer mal as próprias pessoas envolvidas”.
A sociedade, abalada com tanta maldade, sente que precisa discutir melhor seu sistema de valores. Só educação não basta. O aparente colapso de nosso sistema de valores tem deixado milhões de pessoas com o sentimento de estarem em mar revolto, sem bússola e sem leme, num pequeno barco à deriva.
Quando é banido o sistema cristão focado em um Deus amoroso único e pessoal que busca se relacionar conosco, é também lançado fora o amor que deveria azeitar as nossas relações sociais. Desse modo, o mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos se transforma em mera retórica religiosa.
Creio que isso faz com que não poucas pessoas tenham uma idéia equivocada a respeito do amor. Alguns pensam que a prática do amor leva-nos a ficar mais próximos de Deus. Acredito, ao contrário, que achegarmos mais a Deus é que nos faz praticar mais o amor. Isto porque Deus é amor e todo amor emana Dele. Não se pode amar sem Ele, assim como não se pode viver sem respirar. Como as pessoas estão cada vez mais distantes de Deus, isso ajuda a responder por que temos tão pouco amor no mundo.
Outros pensam que a capacidade de amar é natural em nós como algo que produzimos por força interior própria. Contudo, é Deus que nos capacita a amar. Por causa de seu amor infinito Ele não nos abandonou, mas a cada dia derrama fartamente a sua bendita graça sobre nós e nos possibilita entender que sem amor a vida fica sem um sentido claro.
Acredito piamente que precisamos buscar mais a Deus para ter mais amor. Isso fica evidente nas seguintes palavras do apóstolo Paulo:
“Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como o barulho de um sino. Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas dos seus lugares, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada. Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.”
“Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência” (1 Co 13).
É bom lembrar: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4.8).
O Pr. Samuel Câmara é graduado em teologia pelo Instituto Bíblico das Assembléias de Deus em Pindamonhangaba (SP); licenciado em Filosofia e Pedagogia; bacharel em Direito. Casado com Rebekah Joyce, tem tres filhos: Philipe Joao, André Samuel e Teresa Rachel. (É pastor-presidente da Assembléia de Deus em Belém (PA); pastor de honra da Convençao Estadual da Assembléia de Deus no Amazonas; presidente rede de comunicaçao Boas Novas televisao, rádio, satélite); presidente do ICI - Instituto Cristao Internacional. Desde dezembro de 2000, escreve todos os sábados uma coluna no Jornal O Liberal, de Belém (PA), cujos artigos sao reproduzidos em vários outros periódicos no país e em muitos sites na internet. Seus escritos contem análises de vários temas atuais do cotidiano da sociedade sob a ótica do pensamento bíblico e cristao. É autor dos livros: "Administraçao Eclesiástica" (esgotado) e "Bíblia e Jornal".
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