

A
FUNDADORA

Conversão
Uma noite ela foi para seu quarto,
determinada a achar uma solução para suas dúvidas. Sem acender a lamparina,
ajoelhou-se em frente à janela aberta, onde contemplava a paisagem branca toda
coberta de neve e pensou: “Certamente deve existir um grande Criador que fez
tudo isso”. De repente, ergueu os braços para o céu e clamou: “Ó, Deus, se é
que há um Deus, revele-se a mim”. Aimée acreditava que o Pai Celestial responde
as orações de todos os que estão em desespero. Pelo menos, respondeu sua oração
antes da meia-noite seguinte.
Depois das aulas, ela saiu andando
pela rua com seu pai e notou um aviso no salão de Missões, que dizia: “Reunião
de Avivamento com Robert Semple, evangelista irlandês. Todos são bem vindos”. O
pai de Aimée sugeriu que entrassem, e ela aceitou sem discutir, pois notícias
desse reavivamento haviam chegado ao seu conhecimento e a curiosidade a
impulsionava a estar ali. Tudo era interessante, os cânticos animados, todos
cantando e levantando as mãos.
A seriedade tomou conta do semblante
de Aimée ao ver o evangelista entrar com a Bíblia debaixo do braço, sua
mensagem borbulhava com um humor claro e sadio. “Leiamos Atos 2:38-39”, disse
Robert. “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo
para remissão dos vossos pecados e recebereis o Dom do Espírito Santo”. Aimée
jamais ouvira um sermão desses, e o sermão de Robert dividiu o mundo dela em
dois. Então, o pregador passou a falar do Espírito Santo e, de repente, a falar
numa língua desconhecida. Mas Aimée entendia perfeitamente o que Deus estava
dizendo: “Você é uma pecadora, perdida, miserável, merecedora do inferno!”.
Aquela noite mudou a vida de Aimée. Jamais alguém disse tamanha verdade a ela.
Uma convicção genuína a envolveu e ela sabia que havia um Deus e que ela era
uma pecadora.
Aimée tentou fugir, procurando se
distrair das palavras do evangelista nas danças e músicas de jazz por três
dias. Mas numa tarde de dezembro de 1907, no caminho de volta para casa, Aimée
não conseguiu resistir. “Deus, tenha misericórdia de mim, uma pecadora”, então,
tudo mudou, uma grande paz invadiu a sua alma e sentia a presença de Deus ali
pertinho quando chegou em casa. “Naquele momento, levantei a tampa do fogão e
queimei minhas sapatilhas de dança, minhas partituras de jazz e meus romances.
Meu pai quis saber o que estava acontecendo, então eu expliquei: Converti-me e
não preciso mais dessas coisas!”.
Busca pelo Espírito Santo
Daí por diante, Aimée passou a buscar
a presença de Deus. Não perdia tempo para orar e ler a Bíblia. Diz Aimée que,
quando orava, falava com Cristo, e quando lia a Bíblia, Ele falava com ela. No
entanto, chegou o dia que esta serenidade foi abalada ao analisar: O Senhor dá
tudo e eu só recebo. O egoísmo é um traço de caráter abominável. Senhor, que
posso fazer em troca? Aimée busca resposta na Bíblia “... o que ganha almas é
sábio e... resplandecerá como as estrelas sempre e eternamente”. É como se uma
voz poderosa falasse em tom de clarim: “Agora que você foi salva, vá, ajude a
salvar os outros”.
Orando de joelhos, Aimée, em sua
imaginação, viu um grande rio, veloz e impetuoso, tragando milhares de pessoas
em sua correnteza e levando-os à morte. Então, disse: “da mesma forma como eu
fui resgatada, deveria estender minhas mãos para todos quantos pudesse alcançar,
a fim de trazê-los para um terreno seguro. Estaria disposta a cruzar o
continente de joelhos só para resgatar um pobre pecador. Mas, como posso fazer
isso? Eu, que sou filha de fazendeiro e moro a quilômetros da cidade? Como
posso almejar ganhar almas um dia? Além disso, só os homens têm permissão para
pregar”.
Muitas indagações surgiram na mente
de Aimée sobre o ministério da mulher. Tentou encontrar resposta com sua mãe
para muitas delas. No entanto, foi na Bíblia que ela descobriu que Débora, uma
mulher, havia comandado esplêndidos exércitos. A mulher, junto ao poço, pregou
o primeiro sermão de salvação e levou uma cidade inteira a Cristo. E em meio a
tanto desejo de pregar a Palavra de Deus, Aimée não desistia de quem a pudesse
ajudar e, numa noite, quando voltou para casa, encontrou sua mãe examinando a
Bíblia para responder suas perguntas. “Minha querida, descobri que os dons de
Deus jamais foram cancelados. A promessa é para todos quantos o Senhor nosso
Deus chamar”. Assim, Aimeé pensou na passagem bíblica: “Nos últimos dias o
Espírito Santo será derramado sobre toda carne, vossos filhos e filhas
profetizarão... ... Então, eu também buscarei a plenitude do Espírito”.
Certa noite, enquanto Aimée estava na
casa de um vizinho com duas crianças que tinham apanhado febre tifóide, a porta
se abriu e Robert Semple, o evangelista, surgiu diante dela. Um impulso de
alegria a envolveu. Robert havia chegado de Stratford e, sabendo que as
crianças estavam doentes, foi até lá em visita. Naquela noite as crianças
tiveram os dois como enfermeiros. Aimée e Robert conversaram por algum tempo a
respeito das cartas que trocavam, do batismo com o Espírito Santo que ela havia
recebido, e do grande desejo que ela tinha de ser ganhadora de almas. Ao olhar
os livros espalhados sobre a mesa Robert, deparou-se com o de geografia e ele,
folheando as páginas, abriu no mapa do Oriente, dizendo: “A China será o meu
desafio, meu destino e meu alvo”. Aimée suspirou. “Gostaria de dedicar a minha
vida a uma causa como esta”. E foi justamente sobre isso que Robert desejava
falar com ela. A voz do homem que a ganhara para Cristo atravessara sua
fantasia. “Sei que tem apenas 17 anos, mas eu a amo de todo o coração. Já que
vai completar 18 em breve, quer se casar comigo e ir para a China?” Aimée ficou
olhando estarrecida para ele. O rosto honesto não conseguia falar, mas um
desejo irreprimível de ajudá-lo nasceu em seu coração. Ela sabia que o amava
profundamente, amava seu ministério, seu Cristo, seu ensino, sua mensagem. Não
foi preciso responder imediatamente.

Ao pregarem numa igreja de italianos,
ao se despedirem foram surpreendidos com ofertas em dinheiro, cheques, ouro
etc. Quando chegaram em casa, a soma deu para as passagens e um pouco mais.
Durante uma viagem para a Irlanda, logo antes de irem para a missão na China,
Aimée conta ao marido que está grávida. Após passarem na Inglaterra, onde Aimée
fez sua primeira pregação para 15 mil pessoas, numa igreja de um milionário
conhecido de Robert. A oferta do dia foi oferecida ao casal para a missão na
China. Lá chegando, ficaram algum tempo num importante trabalho e foram
treinados para tarefas específicas. O povo era místico, o sol escaldante e a
língua difícil, além dos camundongos e dos rituais.
Em determinado momento, os dois
contraíram malária tropical. Apesar de ainda doente, Aimée se preocupava com o
marido que estava no hospital e queria manter-se informada sobre ele. Aimée se
mantinha acordada, vigiando sobre a cama de Robert. Em vigília no hospital, a
enfermeira caminhou na direção de Aimée. “Levante-se depressa, ponha o robe e
os chinelos”. Tremendo como uma folha de papel, Aimée sentia que Robert estava
morrendo, e gritava, de algum modo sabendo que gritaria. Nesse mesmo momento,
os braços fortes do Senhor a envolveram e ela sussurrou com os lábios
endurecidos: “O Senhor o deu para mim e da mesma forma o tomou. Bendito seja o
nome do Senhor”.
Início do ministério
Na primeira campanha em Mount Forest,
em 1915, Harold McPherson mandou um telegrama para Aimée pedindo que ela
voltasse para casa, mas ela não aceitou. Ele, então, veio ao seu encontro e,
ouvindo uma de suas pregações, reconheceu o chamado de Deus na vida dela,
estimulando-a a continuar.


Dificuldades pessoais e ministeriais
Com a morte de Robert Semple, Aimée
começou passar por dificuldades financeiras e também necessitou dedicar mais
tempo à filha, pois estava com a saúde fragilizada. Seus problemas pessoais
cada dia mais dificultavam sua vida ministerial e em meio a tantas dificuldades
pessoais e ministeriais, Aimée aceitou casar-se com Harold McPherson. Seria a
oportunidade de reconstruir um lar seguro para ela e para sua filha, e também
de desenvolver o seu ministério com mais tranqüilidade.

Em 15 dias, Aimée estava totalmente
recuperada, mas não se sentindo forte a ponto de entrar em discussão com seu
marido e sogra quanto ao seu chamado, resolveu deixar Harold e partir com os
filhos, voltando para o ponto de origem: o Canadá. Era, 1915, quando Aimée encontrou
total apoio dos pais, que se ofereceram para cuidar de seus filhos. Aimée
participou de um encontro Pentecostal em Ontário, onde teve um novo encontro
com Deus, iniciando o seu ministério no Canadá. Embora, na época, ser raro uma
pregadora na obra de Deus, Ela foi respeitada e aceita pelos sinais que Deus
operava por meio de sua vida.
Sequestro
Durante um passeio na praia, Aimée
foi abordada por uma senhora que chorava muito e pedia para que ela fosse orar
por sua filha que estava morrendo no carro. Chegando ao veículo, percebeu que
era uma cilada e foi sequestrada.
No cativeiro, Aimée indagou aos
sequestradores sobre o motivo do seu crime. Eles disseram que pediriam um
resgate e ficariam com o Templo. Ela, então, ficou presa por quase um mês em
uma casa, e depois levada para uma cabana primitiva durante dois ou três dias.
Certo momento, quando se viu sozinha, fugiu pela janela e seguiu para o
deserto, onde andou o dia inteiro e enfrentou muitos perigos.
Já era madrugada quando avistou uma
casa e foi pedir ajuda. O senhor Gonçales chamou a policia do Arizona para
registrar o sequestro e avisar a mãe de Aimée. A polícia a encaminhou para o
hospital. Todos no Templo, quando souberam da noticia, ficaram muito felizes
com a volta da irmã McPherson. Nesta época, ela foi bastante perseguida pelos
jornalistas e autoridades, que não acreditavam na sua história. Então, depois
de um tempo, passaram a acrescentar detalhes mais picantes, como a insinuação
de que o sequestro fosse uma desculpa para encontros amorosos, a fim de
denegrir sua imagem de evangelista. Chegaram a inventar até mesmo um aborto.
Mais uma vez, Deus esteve com Aimée, e nada foi provado. Desta forma, o
inquérito foi arquivado por falta de provas.
De volta ao ministério
Aimée voltou às suas viagens
evangelísticas, e numa delas, na cidade de Baltirmore, os jornais a haviam
divulgado como “Mulher Milagrosa”. Por conta deste anúncio, o teatro ficou
repleto de paralíticos e doentes, e Aimée foi orar ao Senhor, pois sabia que
não tinha o poder para curá-los. E Senhor respondeu: “quem tem o poder de curar
e salvar sou Eu, mas você será um instrumento em minhas mãos”. Naquela noite
muitos milagres aconteceram. Durante as viagens evangelísticas, sua mãe cuidava
com eficiência do templo em Los Angeles, mas com a morte da mãe, Aimée voltou a
assumi-lo, passando a ter um grande desgaste físico e mental. Acabou por
adoecer gravemente e deixar seu filho Rolf assumir a liderança.
O último casamento e a morte
Após os casamentos de seus filhos,
Aimée sentiu-se sozinha. Foi quando conheceu o cantor David Hutton e
apaixonou-se. Casou-se com ele e mais uma vez foi enganada pelos seus
sentimentos, logo descobriu que ele não a amava, somente a usou para obter
sucesso em sua carreira, e divorciaram-se. Na noite de 26 de setembro de 1944,
Aimée pregou o seu último sermão perante uma multidão na Califórnia. Esta foi a
mesma cidade em que 22 anos antes ela recebera a visão do Evangelho
Quadrangular. O ministério de Aimée terminou tão incansável quanto havia começado.
Quando seu filho Rolf a encontrou na manhã seguinte, soube que o desejo da mãe
havia se concretizado: Aimée havia partido para junto do Senhor.
Conclusão
Ao olhar para a vida de Aimée Semple
McPherson, podemos ver que quando Deus inicia uma obra Ele é fiel e justo para
terminá-la. Vemos que desde a adolescência o chamado de Deus para ela era algo
forte e que a impulsionava em busca da verdade. Em sua caminhada, foi
caluniada, enganada e perseguida, chegando quase até a morte, mas Deus a
resgatou. Aimée venceu a morte, venceu necessidades humanas, os seus esforços
contribuíram para que Deus agisse de forma maravilhosa no seu ministério. Por
ser mulher, pagou um preço mais alto. Enquanto o mundo a criticava, Deus a
purificava e a usava com poder e glória. Seu amor pelas almas era maior que as
dificuldades que ela encontrava pelo caminho. Sua vida foi dedicada quase que
completamente ao ministério, sua prioridade era levar a salvação, a cura e a
restauração por meio do nome de Jesus Cristo. Que sua vida e ministério nos
sirvam de exemplo e que possamos igualmente obedecer ao chamado de Deus. Hoje
podemos enxergá-la com orgulho e aproveitar da maravilhosa herança que ela nos
deixou: o ministério Quadrangular, que sobrevive até hoje.
Atualmente, a
Igreja do Evangelho Quadrangular já está presente em 146 países ao redor do
mundo. Sua sede mundial está localizada em Los Angeles, Califórnia (EUA), mas a
igreja funciona de forma autônoma em cada país.
DE
1944 ATÉ HOJE
Quando Aimée Semple Mcpherson
concluiu seu ministério em 1944, a responsabilidade pela liderança do movimento
Quadrangular e da Cruzada Internacional de Evangelização estava sobre seu único
filho, Rolf K. Mcpherson. Com isso, ele serviu como presidente do corpo
diretivo por 44 anos. Porém, a mudança da liderança da igreja não desacelerou o
progresso da denominação. Por volta de 1949, o número de igrejas abertas
aumentou de 355 para 521, e mais 2 estados foram somados ao mapa de expansão:
de 33 para 35. Hoje, já existem igrejas Quadrangulares em todos os Estados
norteamericanos, além de outras tantas espalhadas por cerca de 146 países.
Em 1948, a IEQ se juntou às denominações Assembléia de Deus, Igreja de Deus, Igreja Modelo Bíblia Aberta e Igreja da Santidade Pentecostal, a fim de formar a Pentecostal Fellowship of North America (Irmandade Pentecostal da América do Norte). O propósito da PFNA era promover uma ação de unidade interdenominacional dentro da América do Norte. Em 1994, a PFNA foi reorganizada e passou a se chamar Pentecostal Charismatic Churches of North America (Igrejas Pentecostais Carismáticas da América do Norte), a fim de estimular uma maior inclusão e diversidade. Desde então, a IEQ continua parceira do grande corpo de Cristo, para alcançar comunidades e o mundo, ecoando as palavras descritas na pedra angular do Angelus Temple, que dedica seus membros ao evangelismo universal interdenominacional.
Entre 1958 e 1971, o nível de crescimento da IEQ diminuiu. Nesse período, entretanto, as raízes da igreja foram aprofundadas e os templos foram realocados e aperfeiçoados, o que permitiu maior aproveitamento de recursos. Além disso, na mesma época, foram estabelecidas pela IEQ algumas regras ligadas à aceitação de movimentos carismáticos, que contribuíram para uma fase de estímulo e novo crescimento.
Em 1974 vários pastores começaram a
estabelecer padrões pela explosão do crescimento e renovo espiritual, o que
poderosamente desafiou todo o movimento da IEQ. Incluíram Jack Hayford, atual
presidente da Quadrangular, em Van Nuys, Califórnia; Roy Hicks Jr. em Eugene,
Oregon; Jerry Cook em Gresham, Oregon; Ron Mehl em Beaverton, Oregon; e John
Holland em Vancouver, Colômbia Britânica. Estes e outros homens contribuíram
para o gigantesco crescimento da IEQ e seu notável despertar espiritual.
Na Convenção de 1987, a IEQ ofereceu
tributo ao dr. Rolf McPherson e a sua esposa pelos anos de dedicação e serviço
incansável na liderança da igreja. eles estavam deixando a presidência da
Quadrangular naquele ano. Em maio de 1988, dr. John R. Holland foi nomeado o
novo presidente, o terceiro da história da igreja. Desde então, o rol
presidencial teve dr. Harold Helms (interino, Julho/1997 – Julho/1998), dr.
Paul Risser (1998 – 2004) e Jack Hayford (2004 – até hoje).
Para onde vai a IEQ daqui para
frente? Recentemente, a igreja apóia uma nova visão de expansão e
multiplicação. Em 2001, o corpo diretivo aprovou a criação de mais 7 distritos
sobre o que era chamado de Distrito Leste. Isso abriu caminho para uma nova
visão de expansão que pretende alcançar 50 distritos independentes por todos os
EUA. Além disso, três Centros Administrativos de Recursos estão sendo criados
em locais estratégicos pela nação. Cada um desses CAR servirão 15-20 distritos
e serão dirigidos por um administrador regional, o que trará mais eficiência,
qualidade e precisão nos detalhes diários, cuja demanda de serviço atualmente
está sobre os escritórios dos distritos, e liberará os supervisores de
distritos a um cuidado mais próximo e freqüente para com as igrejas locais. É
previsto que a cooperação e os trabalhos interligados conduzirão a uma visão
local mais forte. Por sua vez, novas igrejas serão implantadas e a IEQ crescerá
pelas comunidades que ainda não foram alcançadas pelo evangelho de Jesus
Cristo.**
* Parte das informações
deste tópico foram extraídas da obra “The Vine and the Branches: A History of
the International Church of the Foursquare Gospel”, por Nathaniel M. Van
Cleave, 1992; ** e da publicação Foursquare News Service #95, 16 de Julho de
2001.
NO
BRASIL
A Igreja do Evangelho Quadrangular
foi fundada na cidade de São João da Boa Vista, estado de São Paulo, em 15 de
novembro de 1951, pelo missionário integrante da Foursquare Gospel Church,
Harold Edwin Williams, natural de Los Angeles, EUA, o qual teve o auxílio de
Jesus Hermírio Vasquez Ramos, natural do Peru.
O fundador

Harold e sua família freqüentavam o
Angelus Temple, onde aceitou o Senhor e foi batizado nas águas por Aimée Semple
McPherson. Neste mesmo templo, conheceu Mary Elizabeth e, em 1939, casou-se com
ela.
O verdadeiro chamado de Harold para
dedicar a vida em serviço do Senhor veio por meio de uma campanha voltada para
jovens, na igreja de Long Beach. Naquele dia, ajoelhado ao lado do piano de
cauda, ele entregou sua vida ao ministério de Jesus. Formou-se, então, no Life
Bible College em 1942 e assumiu seu primeiro pastorado naquele mesmo ano, na
cidade de Arkansas, igreja de Little Rock.
O trabalho de missão no exterior veio
no ano de 1945, quando Harold foi nomeado pelo gabinete de missões e enviado à
Bolívia. No ano seguinte, foi, enfim, enviado ao Brasil. Chegando aqui, morou
na cidade de Poços de Caldas, enquanto aprendia o idioma e ensinava inglês.
Viajou para a cidade de São João da Boa Vista em 1950, quando fundou a Igreja
do Evangelho Quadrangular com seu templo próprio no ano seguinte, a qual era
originalmente denominada Evangélica do Brasil.
A consolidação e o crescimento
De 1952 a 1954 Harold liderou, junto
ao missionário Raymond Boatright, um dos maiores movimentos de avivamento que o
Brasil já tinha visto, denominado Cruzada Nacional de Evangelização, que teve
início na cidade de São Paulo. Harold
viera à capital paulista a convite
de um pastor da Igreja Presbiteriana do Cambuci. Pouco tempo depois,
implantaram uma tenda aberta de lona no mesmo bairro. A partir de então, a
idéia da tenda tornou-se uma característica peculiar da IEQ no país. Então,
Harold passou pelos bairros da Água Branca e Santa Cecília, sendo este último o
local onde foi construído o templo em São Paulo. Ele passou, então, a viajar
pelo Estado com a mesma tenda, chamada de “tenda número um”, dando ênfase à
cura divina e difundindo o lema "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e será
eternamente". Enquanto isso, no salão da Santa Cecília, as senhoras da
igreja começaram a aprender confeccionar tendas com a ajuda de um irmão que
tinha experiência com tendas circenses. Daí por diante, as tendas compradas ou
fabricadas na própria igreja saíram peregrinando por lugares como o bairro da
Casa Verde, as cidades de Americana, Limeira, Vitória (ES), Curitiba (PR) e
vários outros lugares. Numa onda contagiante, o movimento crescia e cada tenda
dava origem a um novo núcleo que se transformava numa nova igreja.


Em 1997, a IEQ no Brasil contava com
5.530 templos e obras novas, os quais se dividem em 2.026 templos, 1.778
salões e 1.726 tabernáculos de
madeira, além das 4 mil congregações e pontos de pregação que funcionam sob a
responsabilidade das igrejas locais. Ao todo, já havia no ministério
Quadrangular nacional 2.887 ministros, 1.488 aspirantes e 10.648 obreiros
credenciados. Vale ressaltar que, do total de 15.023 membros atuantes no
ministério, 5.951 eram mulheres. 38 mil diáconos e diaconisas trabalhavam nas
igrejas, que já comportavam um total de, aproximadamente, 1,6 milhão de
membros.

A Igreja do Evangelho Quadrangular
Internacional, hoje, está presente em 146 países pelo mundo. Desde 1944 o sol
brilha ininterruptamente sobre a bandeira Quadrangular, com igrejas em todos os
continentes. Só no Brasil, a IEQ já conta com 9 missionários espalhados por
sete países.
Preparo ministerial
Para preparar pessoas ao ministério
Quadrangular, a igreja criou o Instituto Teológico, com mais de 4,5 mil alunos
e 1,2 mil professores, cursos de extensão preparados pela Secretaria de
Educação e Cultura, além de diversos livros e publicações cristãs de qualidade,
produzidos e distribuídos pela Editora e Publicadora Quadrangular George
Russell Faulkner, a editora oficial da denominação no Brasil.
DEPARTAMENTO
HISTÓRICO
A IEQ no Brasil tem à sua disposição
uma biblioteca histórica, um verdadeiro guia de acesso à história da Igreja do
Evangelho Quadrangular no nosso país. Você poderá encontrar neste website tudo
sobre o trabalho da instituição e sobre as pessoas que fazem parte do início
dessa cruzada. Confira, ainda, estatísticas da igreja, artigos online
publicados, além de diversas fotos memoráveis na seção de biografias e da
solenidade pelo aniversário da igreja realizado na Assembléia Legislativa de
São Paulo.
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